sexta-feira, agosto 23, 2013

Blog novo, tudo novo!

Blog completamente renovado pra vocês que sempre estão aparecendo e dando uma olhadinha...
Mais agilidade, praticidade e se você não está entendendo o texto porque fala outra língua, tem também agora o "translator" do google aqui do lado pra dar um help...

Decidi trocar tudo porque sinto que o momento que estou passando é de mudanças. E é preciso encarar as mudanças sempre como oportunidades, não?  A primeira mudança é que na semana que vem, dia 26 de agosto, vou publicar meu primeiro livro (pela livraria Edital) em conjunto com outros 5 poetas cariocas de alta qualidade (sendo que 2 deles - Cirlene Fernandes e Elisa Gaivota - são minhas amigas de muito tempo e de grandes papos). O primeiro lançamento foi dia 17 de agosto, no meu bairro: Campo Grande, aqui no Rio de Janeiro. Foi surpreendente a quantidade de pessoas que foram. Um sucesso total (adorei publicar com vários autores)! E vai ser na Rua do Ouvidor, no centro histórico-cultural da cidade, na livraria Folha Seca. Estou numa expectativa danada pra tudo dar certo e ser tão lindo uanto no primeiro dia onde pessoas levaram seus instrumentos e tocaram Bach, Chorinho, Luiz Gonzaga entre outros... Tudo porque amam a arte! Isso é lindo.

Em suma, são momentos emocionantes que estou passando aqui no Rio (vendo também a voz das ruas se fazendo ouvir como nunca antes!) depois de 3 anos vivendo em Buenos Aires. Vou ter que voltar, mas esses dias vão ficar marcados em mim para sempre e queria compartilhar esse sentimento com vocês. Deixo aqui não um poema meu, mas um dos preferidos de meu grande mestre Carlos Drummond de Andrade. Evoé a todos!

Poema de Sete Faces

Quando nasci um anjo torto
desses que vive na sombra
disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
Que corresm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
Não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de peras:
Pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.

Porém meus olhos
nao perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

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