Fala gente, vou por aqui um poema que fiz quando vim de uns dos encontros poéticos mas bonitos que tive na vida. Maldita Ginebra era um encontro poético que acontecia todo sábado no bairro de Abasto qui em Buenos Aires e meus amigos daqui sempre me falaram que era undergroud, que talvez não gostaria, e que o pessoal criticava e te zoava mesmo na tua cara, então tinha que ter muito culhão pra ler lá. E eu que há menos de 2 anos estava em contato com o castelhano, me deu muita vergonha (sou muito tímido... de verdade) ia gaguerjar na frente deles, ia ser um mico daqueles... enfim, nunca fui, e acabei indo só na última...!! Uma suspresa que tive uma noite que acabei decidindo ir sozinho pra ver como era... Quando cheguei lá me perguntei: "Por que nunca vim antes! Isso aqui é lindo!" Era um buraco numa esquina de Av. Corrientes... entrei e senti uma energia tão forte, que todos ali estavam trocando e se alimentando da poesia que estava no ar. Isso era lindo. E fiquei sentado ali escutando tudo aquilo bebendo gin do cara que estava ao meu lado que me convidou... era como se estivesse bebendo poesia. Bom, isso aconteceu numa noite de sábado de Buenos Aires. E não vai ter mas como esta. Por isso escrevi este poema que não consegui traduzir tamanha poteñidade ele tem, é algo sumamente daqui, seria uma heresia eu traduzir (eu que não sei se tenho como passar pro português toda a força que isso tem em espanhol - apenas aprendi a falar!) chamado "Una noche nada más). E queria deixar registrado meu agradecimento aos organizadores pela coragem de manter por tantos anos (acho que mais de 15!) e pela coragem também de terminar um ciclo, que não deve ter sido fácil.
Bem, sem mais delongas lhes apresento:
Una noche, nada más
Un día
me enamoré de la noche
y sus mil ojos estrellados de amor
La fuerza de tu poesía
puso orden en el caos
de mi corazón
y foco a la luz de este faro perdido
por los locos mares de Buenos Aires
Cuantas noches pueden contener el amor?
Cuanto amor puede una sola noche contener?
Maldita, noche, que te conocí
primera de mi futuro
y última de mi antiguo pasado
Cuando al fin me dejaste
salir de tus piernas
ya no quedaba nada más
que una creatura borracha
de amor y ginebra
y orgullosa de su amargura
Pero el cielo iluminado
que antes tenía fugaces nubes de vainilla
ahora el cielo…
El cielo es todo dulzura.
Um comentário:
te pasaste muy bueno cada vez mejor
Postar um comentário