Oi gente, só pra vcs não acharem que parei com a produção, aí vai o fruto da minha viagem à linda cidade de Montevidéu, Uruguai. Chama-se Lágrimas de cristal.
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Lágrimas de cristal
Vou pela estrada
que corre sob meus pés
e sinto o rio
que corre por mim
Sinto as lágrimas
que correm por meu rosto
As adagas de cristal
que me cortam a face
Caem no meu peito
me cravam o coração
e em vez de matar-me
abrem novas veias,
novas vias...
Do meu rosto partido
abre-se uma nova cara
a flor que espera o fim do frio inverno
para irradiar sua beleza
à nova primavera.
Marlos Drumond
5 comentários:
tão seco e gentil...
bonito :)
Deu para sentir o frio gelado no rosto e o calor no peito. Grande beijo ao meu amigo poeta.
marloss! vim retribuir o comentário que deixou em meu blog! gostei muito da sua poesia também.
E, sim, vamos aumentar o número de amantes das letras pela internet! acho importante. mantermos contato. te adicionei no orkut,
Caro Marlos;
Muito bom esse seu poema. Tenho quase certeza que as lágrimas são o melhor remédio para uma angústia momentânea que aflige todo mundo. Tais jóias não devem ser desperdiçadas a toa, pois se, por um lado “abrem veias”, por outro “abrem vias” e nos mostram novas formas de encarar os fatos.
Grato por apoiar a revolução poética e te coloquei como parceiro do “Que letra”.
Atenciosamente.
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