Que vastidões pode
este amor atravessar?
Neste instante, é o corpo
que padece, implora numa prece
para que meu espírito
chegue até você
A falta da tua sombra
me é insuportável!
Como toleras que as areias
dos mil desertos da solidão
inundem, tal praga de gafanhotos
este humilde,
demasiadamente humano coração?
O céu está mudo
sem teus olhos nos meus
Será proibido amar mais
do que o corpo clama?
Creio que minhas mãos
nunca vão se cansar
de buscar pelo oásis da tua pele
nestas areias...
E num dado momento
quando estiveres distraída,
te peço, amor,
apure os ouvidos
para o canto do vento
Canto que me consome...
É este amor de tantas vidas
que só quer encontrar
o teu nome
O t e u
n o m e . . .